Hum...estou a olhar o teu corpo
E... toco-o...
Sinto nos dedos a brisa dos teus sonhos
No teu respirar o devaneio
Toco o teu cabelo sentindo a leveza da tua pele
Como é belo te amar
Num leve respirar sinto teus lábios
Enlouquecidos...
Experimentamos suaves trocas salivares
Percorro-te...percorres-me
Procuro-te...procuras-me
Num demorado e fugaz olhar
Sinto-te...sentes-me
Perdidos na plenitude do momento
Com corpos entrelaçados em suor
Rendemo-nos...
Olho dentro do teu olhar
E sinto aquela primitiva vontade...
De mais uma vez ...
Te voltar amar
Serei velha árvore
De tronco e raízes profundas
Afundadas em sentimentos...sonhos e ilusões
Como frágeis são meus ramos
Sem caules... folhas e ligações
Serei velha árvore
Enganada no tempo
Tomada por sonhos, sorrisos e maldições
Em minha seiva...restam memórias
Fotos...histórias...
Lembranças de faces, e choros de criações
Nada mais restará
Nada mais poderei fazer
Com lágrimas de orvalho...largarei
Folhas minhas ao vento
E como velha árvore restarei
Esquecida no tempo
Pelas folhas às quais, um dia... a vida eu dei
(foto tirada da net)
Subitamente cai a noite
Transportando silêncios...
Em seus ventos
Cortados, aqui e ali
Por gélidos, gemidos sentimentos
Noite opaca... transparente
Noite sombria...ausente
Rasgada por um luar
Que lentamente se afunda no mar
Subitamente cai a noite
Na claridade da nossa mente
Noite de nós...tão somente
Subitamente cai... à noite
Uma noite inexistente